terça-feira, 11 de novembro de 2014

O regresso

Hoje foi dia de regressar ao navio, regressar á velha vida errante. não estou muito satisfeito, gostava de estar em casa. Isto já me aborrece, tenho a sensação de não estar a realizar seja o que for, estou aqui apenas para isto poder andar, é indiferente a pessoa que aqui está.
Já fiz a primeira viagem, um certo balanço mas nada de especial, os velhos reflexos regressam embora bastante enferrujados.
Doem-me as costas, o balanço, a vibração martirizam-me o esqueleto. Tenho de enrijar a musculatura dorsal sem danificar a coluna.
Tento continuar com os meus exercícios, já usei a bicicleta, 20 minutos, simulei os exercícios da fisioterapia mas senti falta da minha fisioterapeuta, gostava de trabalhar com ela.
Logo, no cais de Leixões irei fazer uma caminhada, vou ter que gostar de caminhar em Leixões, Ponta Delgada, Praia da Vitória e Horta, é o meu destino, caminhar o resto da vida e é se quero ter um certo conforto no futuro.
Estou no camarote á espera da chegada, manobras de chegada, ainda não rotinei bem a minha vida, tenho de voltar a readaptar-me, já começa a ser cansativo.
Falei, falei e no fim estou a ser injusto, tenho de fazer uma nota á recepção feita pelos meus colegas, foi calorosa. Fiquei sensibilizado.
Estou com saudades das minhas meninas, todas elas, todas por quem eu nutro amor, carinho, amizade e paixão.
Continuo a olhar para o horizonte...


Bordo, 11 de Novembro de 2014

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Uma gaivota disse: