quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pescarias...

Para muitos marinheiros a pesca é um divertimento por excelência, além de ajudar a passar o tempo pode melhorar a qualidade do prato da refeição seguinte.
O episódio seguinte passou-se a bordo do navio tanque Bornes da alienada Soponata e o interveniente é o meu colega e amigo Eldeberto Carreira conhecido por ser um “maluquinho” da pesca.
Apareceu lá a bordo armado de cana de pesca e umas amostras linda, não me posso esquecer uma delas que era toda XPTO que por si só apanhava os peixes todos. Era um peixinho artificial que fazia a loucura dos peixões verdadeiros. Peixe que se dignasse da sua categoria de peixe seria atraído pelo peixinho…
E assim aconteceu, mal o peixinho caiu á água apareceu logo um peixão enorme e engoliu-o e levou-o rebentado a linha e quase partindo a cana, lembro-me da enorme mancha castanha que se aproximou e rapidamente desapareceu.

O pescado insistiu, até que, eu como espectador, comecei a ficar nervoso, os peixes á nossa volta eram grandes e muitos e o meu amigo Carreira insistia em utilizar as amostras para peixes maricas das nossas água e não utilizar apetrechos para águas quentes com peixes a condizer.

No fim do dia, a presa conseguida ficou para a história ….

No fim, já no camarote, começou a reparar a cana entretanto estalada com a força que os peixes faziam. Perdeu nesse todas as amostras que levava mas ainda se passou um bom momento.
No dia seguinte, eu que já estava nervoso com tento peixe ali á volta pedi uma linha emprestada e comecei a pescar. Estava de folga e só entrava ás 16:00 e por isso tinha bastante tempo. Fiquei a manhã toda e parte da tarde até ás 16:00. Ao princípio estava como anteriormente, não apanhava nada até apanhar a manha dos peixes e comecei a tirá-los. A pescaria aumentava de volume e chamei o pessoal interessado e dei-lhes a dica.
Cansado fui pôr o pescado na cozinha para o cozinheiro fazer dele o que quisesse e eu fui para o camarote, mal me podia mexer, o sol do Golfo do México em pleno Verão não brinca e eu como tinha calor tinha tirado a camisa ficando em tronco nu.
No camarote tirei uma foto a quem dei o nome de “O Torresmo” e mandei uma cópia para casa.

Os dias seguintes de trabalho na casa da máquina foram muito penosos, o calor, a pele queimada e o fato de macaco a roçar incomodavam-me muito.
E assim se passavam os dias…

Publicado no SOL na terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009 15:08

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Uma gaivota disse: