quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Jovens Marinheiros 2

Hoje estava de saída para Sines, fazendo a minha derradeira viagem antes de desembarcar para férias (onde espero beber uns bons sumos de laranja), estava de saída e o navio já se aproximava de S. Julião quando o comandante se apercebe de uma pequena embarcação á vela que se dirigia para nós. Diga-se de passagem que com os civis nós ficamos muito nervosos pois eles, muitas vezes, não se apercebem que não se consegue parar um navio a toda a força, isto não é bem uma mota de água.
Começámos a ter atenção á pequena embarcação, digo começámos porque, embora eu seja um "gajo da máquina", como sou o único a bordo faço as saídas na ponte. A embarcação fazia um rumo em sentido contrário ao nosso e via-se que os indivíduos apertavam a vela para se cruzarem connosco o mais perto possível.


Eram dois rapozalas bem dispostos que quando se cruzaram connosco, bem pertinho como se pode ver nos acenaram todos contentes, eu fotografava e eles faziam os seus sorrisos pepsodente.
Só que os pequenos se esqueceram de uma coisa, estavam os dois sentados num bordo da embarcação a aguentar o vento mas quando passaram por nós esse vento deixou de existir porque nós fizemos barreira e o inevitável aconteceu....


Viraram a embarcação mesmo ao nosso lado, felizmente suficientemente longe para serem apanhados pela sucção dos hélices. O comandante ficou bastante nervoso pois se eles se tivessem virado á nossa proa seria mais perigoso.
Os rapazes dentro de água acenaram-me todos contentes, eu até achei piada, não, ri-me mesmo da situação pois era uma coisa típica dos meus tempos de vela.
Acompanhei os rapazes através da câmara (lente de 300mm) até ver que eles tinham endireitado a embarcação e seguido viagem.


E esta foi mais uma história de quem anda no mar e se cruza com estas pequenas embarcações.
Vou dormir que amanhã é outro dia... 

Publicado no SOL no sábado, 28 de Junho de 2008 1:00

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